Aqui deixamos a outra parte da entrevista a António Nóvoa, mais sobre os aspectos pedagógicos, além do que já ficou dito no post anterior.«Quando se compreendeu que o essencial da escola [é] a questão das aprendizagens, isso voltou para o discurso social hoje em dia. Quando se percebeu que o essencial eram as aprendizagens, nesse momento percebeu-se que não há aprendizagem sem professores.»
«Muitas pessoas perguntam-me, do meu conhecimento de escolas no estrangeiro, o que é que muda das melhores realidades estrangeiras para Portugal? Há duas coisas que mudam imenso:
A primeira é que a nossa escola está pouco centrada sobre a aprendizagem, sobre o estudo. Está centrada sobre aulas, sobre actividades lectivas, actividades extracurriculares. Está pouco centrada sobre o dominante da aprendizagem e do estudo e é preciso recentrá-la aqui.
A segunda coisa que muda imenso é o envolvimento das comunidades, que é uma coisa muito natural numa esmagadora maioria de países e aqui, em Portugal, é sempre uma coisa complicada e difícil. Temos de ganhar isso. Mas, para ganhar isso temos que perceber que nada se resolve com dois ou três anos. As coisas precisam de esforço.»
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