O que os exames não fazem
-Não melhoram as aprendizagens – é nas aulas que se aprende e não nos exames.
-Não resolvem os problemas educativos – iludem-nos, evitam as medidas de fundo e as mudanças “incómodas”.
-Não favorecem a qualidade educativa – na prática seleccionam e excluem quem tem mais dificuldades e menos oportunidades.
-Não garantem o rigor, o empenho contínuo e sustentado no trabalho escolar pelos estudantes – incentivam o saber pontual (“fast food”), circunstancial e inculcado.
-Não avaliam as aprendizagens significativas – avaliam e valorizam apenas aprendizagens mecânicas e memorísticas, só o que é contabilizável e medível.
-Não avaliam sequer a maioria dos conhecimentos memorísticos – apenas o que é verificável por via do exame escrito.
-Não credibilizam o sistema de ensino – confirmam a incapacidade da escola e do sistema nas suas respostas requentadas.
-Não consubstanciam uma visão progressista – incentivam as práticas curriculares e pedagógicas conservadoras e discriminatórias, de selecção e reprodução social.
-Não acompanham a escola democrática para todos do século XXI – fazem perdurar o paradigma da escola do século XVII.
-Não dão espaço para a diferenciação e flexibilização do currículo – incentivam a uniformização das respostas.
-Não conferem primazia à avaliação contínua – incentivam o exercício repetitivo de preparação para a avaliação nos testes.
-Não encorajam as oportunidades de sucesso na escola para todos – são um instrumento da escola de alguns do antigamente.
-Não favorecem a autonomia profissional dos docentes nem a autonomia das escolas – criam obstáculos e restringem-na.
-Não têm em conta a diversidade dos estudantes e o contexto socio-cultural – “avaliam” todos como se fossem um só.
(Revista Prof, JAN-MAR 2006)
terça-feira, fevereiro 14, 2006
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