terça-feira, agosto 08, 2006

30. Fazer + dá novo passo

Em Julho de 2006 foi apresentado ao Conselho Pedagógico da Escola Básica e Secundária da Calheta o Fazer +, na nova fase e fôlego do projecto.

fazer + o quê?
É um projecto de actividade pedagógico-educativa.
É um projecto de empenho pelos outros, na medida em que a «Educação existe para melhorar as vidas dos outros e para deixar a nossa comunidade e o mundo melhor do que os encontrámos» (Marian Wright Edelman).
E ao ser pelos outros é por nós mesmos: as recompensas do empenho e de um trabalho pedagógico progressivamente afinado e melhorado, incluindo o desempenho e os resultados académicos dos jovens da escola, são uma importante motivação para os docentes.

fazer + porquê?
O diagnóstico dos problemas na Educação está há muito tempo feito, seja pelos relatórios da OCDE seja pelas evidências da realidade com a qual contactam os professores todos os dias, na prática pedagógica concreta. Destaque-se:

Insucesso escolar
Abandono escolar
Indisciplina e violência
Desmotivação
Consumo de substâncias ilícitas
Docentes a adoecer emocionalmente em maior número

fazer + como? para quê?
Investigação-acção-formação: investigação na e para a acção, que resulte em formação. Para formar melhor e integralmente os jovens a nosso cargo aos níveis:

Científico
(ferramentas para sobreviver: ter um emprego e condições dignas de vida)

Pessoal
(ferramentas para ser feliz: gestão e bem-estar emocionais)

Cidadão
(ferramentas para agir e construir socialmente, em comunidade, na relação com os outros)

É o que está preconizado pelos documentos fundamentais mas pouco praticado como denunciam os resultados, as estatísticas, os estudos. O desafio é colocar em prática.
Para isso, há professores que querem fazer + e querem fazer melhor.
O fazer + desenvolve a sua acção, seguindo a metodologia de Investigação/Acção/Formação, em coerência com o diagnóstico dos problemas e a Educação integral de todos os jovens, nas seguintes vertentes, embora faça parte de uma única coisa – a Educação:

1. pedagógica
(metodologias capazes de dar novas respostas e ajudar a resolver insucessos, abandonos, inadaptações, desmotivações e indisciplina)

2. desenvolvimento, saúde e bem-estar pessoais
(relação, comunicação, auto-conhecimento, gestão emocional)

3. cidadã
(autonomia, pensamento próprio, iniciativa, empreendedorismo, integração e construção em comunidade)

fazer + onde? quando? com quem?
O fazer + constitui um espaço de trabalho (fazer) em que um conjunto de docentes procura desenvolver um trabalho em equipa, cooperativo, de colocar em comum os seus saberes e práticas e partir para novos saberes e práticas.

1. A repercussão essencial e imediata é sobre o trabalho pedagógico com os jovens que os professores à volta do fazer + têm a seu cargo. Procurar melhorar resultados melhorando três aspectos interdependentes (irmanados) e que se interpotenciam: as práticas pedagógicas/aprendizagens académicas, o desenvolvimento pessoal e o crescimento cidadão. Para isso faz-se investigação, coloca-se em acção e contribui-se para a formação docente.
2. Outras repercussões e iniciativas serão mais visíveis além do trabalho pedagógico com os jovens no espaço de aula. Haverá momentos em que, por intermédio de instrumentos de divulgação como a página electrónica, de encontros, debates e acções de formação, a comunidade escolar sentirá e será envolvida directamente pelo fazer +.

fazer + na presente fase
Ana Sousa, Conceição Mota, Fátima Duarte, Gabriela Silva, Gilda Sousa, Nélio Sousa, Rosa Coelho, Rosário Mendes, Sara Ferreira, Sofia Canha, Susana Mão-Cheia.

meios do fazer +
Os meios são, basicamente, humanos. São as pessoas que fazem a diferença, sobretudo numa instituição como a escola.
Tendo em conta a reorganização do horário docente (Despacho nº 13/2006 da SRE), em que os professores do 2º / 3º Ciclos e Ensino Secundário têm de dar à escola, agora de uma forma oficializada e explicitada no horário, 2 tempos da sua componente não lectiva, o fazer + propõe utilizar esses 2 tempos dos docentes envolvidos, para a actividade educativa já explicitada.

Com a intensificação do horário docente, estamos conscientes que sobra pouco espaço – temporal e mental – aos professores para o trabalho pedagógico de componente não lectiva individual na preparação da actividade lectiva, avaliação, formação e investigação. Apesar de todas as condicionantes existentes e outras que se anunciam, o fazer + é um acto de persistência, que as dificuldades actuais tornam ainda mais pertinente.
Calheta, 10 de Julho de 2006


Plano de actividades
Este plano de actividades (para ler clique sobre a imagem) é anexo da proposta do projecto Fazer +, datada de Julho de 2006, remetida então ao Conselho Pedagógico da Escola para aprovação. O plano não é rígido e está sujeito a alterações.

Não é demais lembrar que o Fazer + e o respectivo plano de actividades priorizam, revertem e concentram-se, sobretudo, no trabalho pedagógico com os alunos. A repercussão essencial e imediata é sobre o trabalho pedagógico com os jovens que os professores à volta do Fazer + têm a seu cargo. Procurando melhorar resultados investigando, colocando em acção os frutos dessa investigação e contribuindo para a formação docente, sua e dos outros.
Outras repercussões e iniciativas, como referem a proposta e o plano de actividades, serão mais visíveis e acontecerão na medida do possível. A divulgação e intervenção exterior (na escola e fora dela) acontecerá no tempo que sobrar do trabalho pedagógico directo com os alunos. Haverá momentos em que, por intermédio de instrumentos de divulgação como a página electrónica, de encontros, debates e acções de formação, a comunidade escolar sentirá e será envolvida directamente pelo Fazer +.

Note-se que os professores envolvidos no Fazer + contam com 2 tempos (1h:30m) - fruto da componente não lectiva de estabelecimento, a partir deste ano lectivo explicitada no horário docente - para desenvolver o seu trabalho.

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