Fazer + procura uma prática pedagógica com maior retorno profissional e maior sucesso escolar, pessoal e cidadão para os jovens. A prática tradicional, ensinar a todos como se fossem um só, em linha de montagem, não responde à heterogeneidade da população estudantil nem ao cidadão do século XXI. No dia 29 de Setembro, entre as 15 e as 17 horas, realizou-se o primeiro encontro do Fazer +, no presente ano lectivo. Com a presença de Adalgisa Cafôfo, Susana Mão-Cheia, Fátima Duarte, Rosário Mendes, Rosa Coelho, Sofia Canha, Nélio de Sousa e Gilda Sousa, fez-se a distribuição de tarefas para o primeiro período e formaram-se grupos/pares de trabalho.
Note-se que, em primeiro lugar, o Fazer + é um projecto cuja acção principal e benefícios revertem, de imediato, para os jovens a cargo dos professores envolvidos no projecto. É uma espécie de laboratório e fábrica de conhecimento (investigação-acção-formação), com um sentido muito objectivo e prático. Prevê-se que os resultados, na mudança de direcção pedagógica, sejam imediatos. Eles serão mais lentos quanto aos resultados em termos de notas escolares e do desenvolvimento pessoal e cidadão, já que é preciso algum tempo para que sejam, porventura, visíveis tais resultados. Mas os efeitos têm de surgir e ser verificados.
A avaliação, a investigação sobre o projecto SOFIA, a construção e actualização da página electrónica/blogue Fazer + e a aplicação das metodologias de aprendizagem cooperativa foram as tarefas delineadas. Os elementos com 2 tempos no horário (componente não lectiva de estabelecimento) para o projecto Fazer + vão colocar mãos à obra. Os restantes elementos e colaboradores deste projecto, sem os tempos no horário, acompanham e dão o seu contributo da forma possível, dentro da sua disponibilidade.
Como faz parte da ética do Fazer + e do encarar da Educação como meio para melhorar as vidas dos outros, todos os conhecimentos e evoluções conseguidas serão partilhadas com a comunidade educativa desta e de outras escolas. Se é bom e funciona para nós, queremos que os outros, sobretudo os jovens que frequentam as escolas, tirem partido disso.
O restante tempo do encontro, que passou rapidamente, foi dedicado a trocar experiências no arranque do novo ano lectivo e a reflectir sobre acções já postas em prática, na sala de aula, com os nossos alunos.
Foram analisados alguns materiais para as aulas e trocadas ideias sobre a sua implementação, nomeadamente verificando a adequação das estratégias para as diferentes disciplinas, área das línguas, da matemática e de disciplinas de conhecimento como Ciências Naturais ou História.
A prática pedagógica progressista da colega Fátima Duarte, ao longo da sua carreira, serve de óptima referência a quem se lança no caminho. É uma fonte de aprendizagem e de apoio a quem procura inovar e fazer evoluir a sua acção pedagógica. A ideia é assistir-se às aulas uns dos outros para afinar estratégias ou resolver algumas insuficiências iniciais. Sobretudo enquanto os docentes e os alunos não mudam a cultura escolar (inerentes à escola linha de montagem) que têm na sua cabeça.
Para já, é de relevar a coragem de mudar de direcção, num momento em que o sistema de ensino em Portugal e as escolas enveredam por várias soluções (neo)conservadoras.
Foi ainda estabelecido que o Fazer + tem encontro marcado às 15 horas da última sexta-feira de cada mês. O próximo acontece em 20 de Outubro.
Nélio de Sousa
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