sexta-feira, dezembro 26, 2008

Brincamos mesmo



No Quarta República podemos ler algo acertado a propósito da recentemente mediatizada ameaça a uma professora: «É crime entrar num Banco e ameaçar as pessoas com uma arma, seja ela verdadeira ou de plástico. É crime entrar num restaurante e ameaçar os donos, empregados e comensais, com uma arma, seja ela verdadeira ou de plástico. É brincadeira um aluno ameaçar a professora, na sala de aula, com uma arma, seja ela verdadeira ou de plástico. Claro que, sendo brincadeira de escola, será divertimento legítimo e puro na vida de todos os dias!...»

Não poderia estar mais de acordo com estas palavras e contra o branqueamento deste tipo de situações no interior das escolas como se fossem espaços à parte da sociedade, onde reina a impunidade e se impõe uma ditadura da indisciplina e da (pré-)delinquência. Eu sei que estas palavras arrepiam uma certa esquerda permissiva e irrealista... também designada de romântica.

O actual governo prefere antes tratar os professores como delinquentes... e desautorizá-los na sua autoridade... e atentar contra a sua dignidade profissional.

Não defendo que os estudantes indisciplinados vão da escola para a cadeia, mas se as escolas e os pais são incapazes de responsabilizar as crianças e jovens em idade escolar então alguém tem de actuar, nomeadamente o Ministério Público. Ou vamos dar rédea solta à insdisciplina e à delinquência nas escolas até ser necessário uma política de tolerância zero como nas estradas portuguesas?

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