No início do 2º período, foi aplicado um método de trabalho autónomo e cooperativo de estudo, na sala de aula de Biologia/Geologia I e II, em 3 turmas diferentes da nossa escola.
Formaram-se grupos de 3 elementos e cada elemento teve um tema diferente para preparar. Cada aluno preparou o seu tema sózinho, autonomamente. Em seguida reuniram-se os elementos do mesmo tema para tirarem dúvidas e, por fim, já no seu grupo de origem, explicaram cada tema aos restantes colegas.
A avaliação da aplicação deste método teve um saldo positivo em todas as turmas, relativamente às percentagens obtidas no teste. Em todas turmas a média dos resultados foi positiva, semelhante à média dos testes em que era o professor a explicar. Aulas mais tarde, quando se fez um resumo do que tinha sido dado por eles, foi interessante ouvir alguns alunos dizerem: "isso eu sei porque foi a matéria que eu preparei".
Quanto à avaliação da autonomia na sala de aula, isso já não correu tão bem. Os alunos não gostaram porque dizem ser mais trabalhoso, por isso preferem que seja o professor futuramente a explicar. [Nota do editor: será possível aprender sem trabalho? As metodologias mais cooperativas, autónomas e progressistas não visam facilitismos mas induzir e estimular o trabalho, porque sem ele não há resultados. E quando teremos essa cultura de trabalho na aprendizagem?]
Eu como professora, gostei da aplicação do método ou estratégia pedagógica. Foi muito mais trabalhoso antes (preparação) do que no durante (orientação) e os alunos aprendem mais fazendo do que ouvindo. [Nota do editor: quando perceberemos que o professor é sobretudo um orientador? Que o professor mais brilhante, expondo a matéria de forma irrepreensível e competente, não significa que os alunos tenham bons resultados?]
Voltarei a aplicá-lo, com algumas alterações. A maior será a de cada grupo conter 3 elementos, preparar um tema, e apresentá-lo para toda a turma, com a presença e atenção do professor, para os rectificar em caso de erro, porque foi esta a sugestão dos alunos.
Rosa Coelho
Fazê-los trabalhar mais
«A escola é um lugar de esforço»
sábado, fevereiro 10, 2007
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