sexta-feira, agosto 03, 2007

Relatório de actividades III Período 2006-07

Áreas de intervenção: Investigação e inovação pedagógicas, formação, actividades de desenvolvimento pessoal e organização/divulgação da informação. Número de horas semanais 1h:30m. (Clicar sobre as imagens para aceder à lista de actividades).





RELATÓRIO SÍNTESE DE AUTO-REFLEXÃO PARA APRECIAÇÃO DO CONSELHO PEDAGÓGICO, que inclui um balanço de todo o ano lectivo:

O Fazer + é uma espécie de laboratório e oficina de conhecimento e reflexão (investigação-acção-formação), ancorado na prática do professor, com um sentido muito objectivo e prático, de actuação sobre a realidade e os problemas concretos.

Durante o ano lectivo que agora finda, concentrámo-nos em investigar ao nível das práticas pedagógicas e da avaliação, com aplicação nas turmas. Passámos a conhecer melhor o projecto SOFIA, a Escola da Ponte e o Movimento da Escola Moderna. Ainda houve tempo, por exemplo, para investir no desenvolvimento pessoal e auto-realização, através de algumas sessões de yoga com alunos.

O plano de actividades entregue em Julho último foi deveras ambicioso, quando ainda não se sabia quantas pessoas estariam no projecto. Serviu de orientação. No entanto, com uma equipa de seis docentes, o programa foi, grosso modo, cumprido.

A formação, na nossa escola, em 2006, com José Augusto Fernandes (projecto SOFIA), a vinda à Calheta de José Pacheco (Escola da Ponte), e a formação do Movimento da Escola Moderna, liderado por Sérgio Niza, permitiu contactar e conhecer modelos e práticas de pedagogia diferenciada, em que os jovens são actores da sua aprendizagem e realizam o esforço necessário. Esse era um objectivo central do Fazer + durante 2006/07.

Foram sendo operacionalizadas algumas dessas práticas, em sala de aula, algumas descritas na página electrónica, que procuram romper com o método simultâneo. Não houve tempo para realizar debates ou momentos para os professores falarem da sua prática e reflectirem em comum. Isso é alvo de espacial atenção no programa para 2007/08.

Foram ainda observadas algumas aulas e criada/mantida a página electrónica.

A problemática da avaliação acabou por consumir muito tempo (não previsto) ao Fazer + e concentrar toda a atenção pela complexidade da matéria. Consumiu muitas horas além dos 2 tempos semanais. Como dizia um elemento do projecto, este ano já foram feitas as horas do próximo ano.

Mas era necessário, porque a prática pedagógica e a avaliação têm de estar em coerência e em sintonia. Não se pode ensinar de uma maneira e avaliar de outra. Além do mais, a avaliação foi um assunto alvo de muita atenção na escola. Procurámos dar o nosso contributo nesse campo.

O balanço é altamente positivo.

No próximo ano lectivo, queremos nos concentrar na aplicação pedagógica de novas metodologias (diferenciadas) e efectuar relatos-debate abertos à escola sobre essas práticas. É um trabalho menos visível e espectacular, é certo, mas não deixa de ser fundamental.

Recorde-se que, os dois tempos da componente não lectiva de estabelecimento, por via do investimento e actividade no Fazer +, revertem em apoio aos alunos, em primeiro lugar. O Fazer + prioriza, reverte e concentra-se, sobretudo, no trabalho pedagógico com os alunos. É essa a filosofia do projecto e missão essencial, embora o trabalho pedagógico seja influenciado por múltiplas variáveis (além da variável professor) e faça parte de um contexto dinâmico que não pode ser ignorado.

Os professores não investigam porque é tudo consumido pela preparação diária da actividade lectiva e actividades de avaliação, par além da actividade burocrática e multiplicação de tarefas e reuniões em horário pós-laboral. O Fazer + constitui um espaço de recuperação de um pouco desse tempo, para reverter em apoio e mais valia para os alunos.

Acreditamos que se a escola conseguir aligeirar e simplificar procedimentos burocráticos acessórios e sem utilidade prática, para os professores se concentrarem e investirem o seu tempo na prática pedagógica, o essencial, os resultados vão aparecer. Contando ainda que os vários intervenientes no processo educativo unam esforços e trabalhem para o mesmo fim.

Porquê enquadrar num projecto o esforço de investigação e inovação? Para conjugar e rentabilizar esforços num colectivo cooperante, de forma a ultrapassar as limitações do trabalho cada vez mais solitário e individualista dos docentes.

Os «responsáveis do ME deixam passar a ideia que o professor não tem que preparar nada, não tem que reflectir, não tem de corrigir coisa alguma, não tem que pensar e avaliar o seu próprio trabalho (além do trabalho dos alunos) - o professor só tem que ir até às 35 horas. E haver uma componente não lectiva até parece um cedência do Ministério...» (RCI Informação - Fevereiro 2007).

Por outras palavras, é como se apenas contasse o trabalho visível (ponta do Iceberg) na sala de aula com os alunos, como se a qualidade desse trabalho visível fosse algo que nascesse e surgisse de modo espontâneo, sem necessidade de investigação, reflexão ou preparação prévias.

Pré-balanço ano lectivo 2006-07
Relatório de actividades I Período 2006-07
Relatório de actividades II Período 2006-07

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