sábado, junho 02, 2007

Encontro Fazer + 6


No passado dia 1 de Junho, reuniram-se, na escola, todos os elementos do projecto Fazer +, cuja ordem de trabalhos era composta por vários balanços, isto é, um ponto da situação dos trabalhos realizados até ao momento, neste terceiro período. O balanço final será feito em Julho.

Ficou decidido, face ao concentrar-se de actividades nas últimas semanas (12 horas na acção de formação na escola e mais 12 horas de formação sobre o modelo pedagógico do Movimento da Escola Moderna), que o restante mês de Junho, além da presente reunião, será para tratar de mais alguns aspectos pendentes e rematar algumas questões, nomeadamente no que se refere ao tema da avaliação, que ocupou muito o Fazer + este ano e promete ocupar no futuro, face à vastidão e complexidade do assunto (é preciso reunir com o conselho executivo da escola e com os delegados, por exemplo), ou à experimentação de práticas pedagógicas diferenciadas no restante do ano lectivo.

A informação, por via da página electrónica do projecto, continua a ser gerida e actualizada. Continuam as sessões de Yoga, cujo número de elementos tem variado entre 2 e 7. Houve interrupção na Páscoa, nos campeonatos escolares e quando há encontros do Fazer+, como hoje.

No passado dia 25 de Maio, as docentes Fátima Freitas e Sofia Sousa encontraram-se com outra docente da escola, Vera Sofia Grandão, que tem uma acção de formação programada para Julho, na área da avaliação, a fim de serem conjugados esforços e evitar repetição dos assuntos. Só recentemente as docentes tiveram conhecimento do trabalho uns dos outros. Como referiram, foi pena não terem esse conhecimento antes, para uma abordagem diferente e complementar.

Chegou-se à conclusão que seria demasiado violento avançar, de repente, com certas medidas no âmbito da avaliação (por competências), para generalização na escola, por implicar uma mudança de métodos pedagógicos e da cultura profissional, que não se faz por desejo de terceiros e exige a adesão voluntária e progressiva dos docentes. A autonomia profissional, científica e pedagógica de cada docente tem de ser respeitada. O que importa é apresentar alternativas. Quem quiser aderir e experimentar, muito bem. Caso contrário, não funciona porque as imposições criam resistências. E o faz de conta não interessa em Educação.

Até agora, a missão dos docentes do Fazer+ foi acudir a alguns problemas práticos prementes na avaliação dos alunos, a fim de clarificar conceitos e harmonizar critérios, parâmetros e instrumentos de avaliação. Afinal, o modo como podemos concretizar uma avaliação formativa, que materiais (instrumentos) de recolha de informação utilizar, como avaliar qualitativamente, como classificar, com que instrumentos, entre outros aspectos.

O balanço da acção de formação Modos e processos de avaliação foi bastante positivo, algo que é suportado pela avaliação feita pelos formandos. Foi referido o facto de o assunto ter ocupado muito mais tempo do que o previsto e disponível para o projecto Fazer +, acabando por sobrar para o tempo pessoal dos envolvidos, o que é de evitar, já que se entende que se deve Fazer+ e melhor sem o profissional invadir a vida pessoal de cada qual.

O balanço da formação sobre o modelo pedagógico do Movimento da Escola Moderna foi também muito positivo. Cumpriu-se mais um ponto importante do plano de actividades do Fazer+ para este ano lectivo, alinhado quando ainda não se sabia quantas pessoas estariam envolvidas. Por isso, acabou por ser demasiado ambicioso mas, curiosamente, pela conjugação de vários factores, foi cumprido, na sua essência:

- O importante e central contacto com novas práticas pedagógicas acabou por acontecer no final de 2006, na nossa escola, com José Augusto Fernandes (Projecto SOFIA), no início de 2007 com a conferência, na Calheta, de José Pacheco, mentor do projecto da Escola da Ponte (com a participação do Fazer +) e, agora em Maio, com Sérgio Niza, fundador do Movimento da Escola Moderna, no Funchal.

- A avaliação foi outro aspecto central tratado, bem como a criação de materiais pedagógicos e experimentação de novas estratégias pedagógicas no trabalho com as turmas dos docentes envolvidos, algo nuclear no acção do Fazer +, cuja acção está mais virada para dentro (actividade lectiva e comunidade escolar) do que para fora.

- O desenvolvimento pessoal foi ainda trabalhado através dessa ciência de desenvolvimento humano e tecnologia de de auto-conhecimento e auto-realização, com implicações no bem-estar emocional e na concentração, denominada por Yoga.

- E ficou ainda o trabalho de investigação na acção, as leituras, as pesquisas, as reflexões, o construir, o progredir.

Não estava previsto, mas no encontro do passado dia 1 de Junho resolveu-se fazer, em Julho, se for possível, para os colegas da escola que o desejarem, o relato de algumas experiências ou práticas pedagógicas dos professores do Fazer + durante 2006/07. Não pela publicitação, mas como forma de auto-avaliação e troca de ideias sobre insucessos e sucessos. Fica a hipótese de o fazer com colegas da escola Básica 1,2,3/PE Professor Francisco Barreto envolvidos em pedagogias diferenciadas.

Nas próximas semanas, talvez os docentes do Fazer + participem num Sábado Pedagógico regional do MEM. A ver vamos se, na azáfama do final do ano lectivo, sobra tempo e espaço para tal.

Está na agenda, para 2007/08, formação no âmbito do modelo de diferenciação pedagógica do Movimento da Escola Moderna. O Fazer + está em contacto com os dinamizadores regionais. Entretanto, há a hipótese de algum elemento do Fazer + ir ao congresso do MEM em final de Julho, para formação e recolha de informação e materiais. Está, assim, a ser perspectivado o novo ano lectivo.

Sem comentários: